quinta-feira, 24 de junho de 2010

Capricho - FIC (Pt. 3)

Olhei, timidamente para ele, com medo de estar sendo encarada, mas ele parecia realmente concentrado no suco de abacaxi que preparava, é, ele parecia. No momento em que desviei os olhos, ele se virou para mim, com um sorriso de tirar o fôlego e perguntou:

- Como foi que você disse que se chamava mesmo?

O som de sua voz me deu um sobressalto, mas me recompus a tempo de responder a pergunta, não muito tardiamente.

- Eu não disse... Me chamo Raquel. Raquel Bauer.

Ele acenou com a cabeça, e por educação, disse:

- Eu me chamo Pedro. Pedro Nunes.

Assenti, sem mais nada para dizer. Eu só queria tocá-lo, tocá-lo para descobrir se realmente ele era real, se aquela casa era real, se aquela irmã simpática, era real, se eu não estava presa em um sonho que me envergonharia ao acordar. Me belisquei, esperei, para ver se ninguém tinha percebido, mas Pedro continuava na cozinha e Larissa estava do meu lado, entretida em uma revista de moda. Eu teria de encontrar uma desculpa para me aproxima e tocá-lo, mas não conseguia pensar em nenhuma. Foi quando eu desenterrei, do fundo do baú, uma habilidade que, os tempos de cozinha-prisão com minha mãe, haviam me ensinado. Me postei ao lado de Pedro, e as palavras voaram da minha boca.

- Bem, não quero me mostrar, nem de longe, mas, eu sei uma coisa que vai deixar seu suco bem melhor. Coloque leite condensado, e um pouquinho de canela.

Ele me obedeceu, nem acreditei na confiança que estava me dando. Eu podia estragar seu suco! Mas ele confiou em mim e isso me deixou feliz. Esperei. Ele bebeu. Eu esperei.

- Nossa, isso tá muito bom! Por que você não apareceu antes, pra me ensinar isso? Minha nossa!

- Ok, agora me senti uma mera ajudante de cozinha. Constrangedor.

- Ei, não fique assim, você entendeu que eu não quis dizer isso. - Ao dizer isso, ele tocou no meu rosto, eu senti todo meu corpo enlouquecer, os batimentos do meu coração pulsaram mais rápido do que nunca, uma sensação que eu nunca senti antes invadiu todo meu corpo, minha visão ficou escura, eu parei de respirar. Foi então, que eu não vi mais nada do que acontecia ao meu redor, perdi os sentidos, desmaiei.

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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Capricho - FIC (Pt. 3)

Olhei, timidamente para ele, com medo de estar sendo encarada, mas ele parecia realmente concentrado no suco de abacaxi que preparava, é, ele parecia. No momento em que desviei os olhos, ele se virou para mim, com um sorriso de tirar o fôlego e perguntou:

- Como foi que você disse que se chamava mesmo?

O som de sua voz me deu um sobressalto, mas me recompus a tempo de responder a pergunta, não muito tardiamente.

- Eu não disse... Me chamo Raquel. Raquel Bauer.

Ele acenou com a cabeça, e por educação, disse:

- Eu me chamo Pedro. Pedro Nunes.

Assenti, sem mais nada para dizer. Eu só queria tocá-lo, tocá-lo para descobrir se realmente ele era real, se aquela casa era real, se aquela irmã simpática, era real, se eu não estava presa em um sonho que me envergonharia ao acordar. Me belisquei, esperei, para ver se ninguém tinha percebido, mas Pedro continuava na cozinha e Larissa estava do meu lado, entretida em uma revista de moda. Eu teria de encontrar uma desculpa para me aproxima e tocá-lo, mas não conseguia pensar em nenhuma. Foi quando eu desenterrei, do fundo do baú, uma habilidade que, os tempos de cozinha-prisão com minha mãe, haviam me ensinado. Me postei ao lado de Pedro, e as palavras voaram da minha boca.

- Bem, não quero me mostrar, nem de longe, mas, eu sei uma coisa que vai deixar seu suco bem melhor. Coloque leite condensado, e um pouquinho de canela.

Ele me obedeceu, nem acreditei na confiança que estava me dando. Eu podia estragar seu suco! Mas ele confiou em mim e isso me deixou feliz. Esperei. Ele bebeu. Eu esperei.

- Nossa, isso tá muito bom! Por que você não apareceu antes, pra me ensinar isso? Minha nossa!

- Ok, agora me senti uma mera ajudante de cozinha. Constrangedor.

- Ei, não fique assim, você entendeu que eu não quis dizer isso. - Ao dizer isso, ele tocou no meu rosto, eu senti todo meu corpo enlouquecer, os batimentos do meu coração pulsaram mais rápido do que nunca, uma sensação que eu nunca senti antes invadiu todo meu corpo, minha visão ficou escura, eu parei de respirar. Foi então, que eu não vi mais nada do que acontecia ao meu redor, perdi os sentidos, desmaiei.

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