quarta-feira, 30 de junho de 2010

Capricho - FIC (Pt. 4)

Que mico! Não acredito que eu fiz aquilo, quer dizer, que meu corpo fez. Não era possível, era um pesadelo, tinha que ser! Mas não parecia que eu ia acordar tão cedo. Quando acordei, não quis encarar Pedro. Não quis mesmo, olhei para os lados, fingindo ainda estar abalada pela queda, enquanto eu já estava boa, satisfeita e curada. Foi quando eu percebi que estava cercada pelos seus braços... Por aqueles lindos e malhados braços, ah. Quase desmaiei de novo, mas dessa vez, mais consciente do que estava acontecendo, me segurei. Ele percebeu. Não que eu estava lutando contra um desejo insano de sair da realidade por mais alguns minutos, e sim que eu estava mal.

- O que aconteceu com você? Você está branca! Mas eu digo branca, branca mesmo! Vou te levar pra um hospital, agora.

- Não! - Eu não podia me deixar entrar em mais essa situação constrangedora. Ele me acompanhando, como uma bebezinha, ao hospital, pra ver se meu desmaio não tinha me deixado com mais algum parafuso solto na cabeça, ah, não mesmo!

- Por que não? Eu tenho um carro, vamos!

Ah, que ótimo. Pra completar a situação, ele tinha um carro. Além de perfeito, tinha um carro. Além de lindo, de rico, e de educado, ainda estava me envolvendo com os braços fortes. Aquilo era um pesadelo mesmo. Quer dizer, em parte, pois os braços dele me faziam flutuar no paraíso. Me lembrei de sua pergunta e fiquei constrangida pelo tempo que demorei para responder, mas acho que poderia culpar o mal estar por isso.

- Não, não. Não precisa. Eu estou bem, juro. - Tentei ficar em pé, tentativa frustrada e inútil. Cai em seus braços, novamente. - Bem, é só eu me sentar que eu já melhoro. Pode me ajudar? - Fiz um gesto, direcionado ao sofá. Ele entendeu.

- Tudo bem, já que você insiste.

Não era assim que eu queria que ele me levasse até o sofá.
Não era assim mesmo, definitivamente, de jeito e de maneira alguma!
Ele me carregou. Como se eu fosse uma pena, é, ele me carregou! Eu fiquei sem ação, parada em seu colo em direção ao sofá, ele me colocou deitada e sentou para fazer de suas pernas um delicioso travesseiro pra mim. Disso eu gostei, e não reclamei.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Capricho - FIC (Pt. 3)

Olhei, timidamente para ele, com medo de estar sendo encarada, mas ele parecia realmente concentrado no suco de abacaxi que preparava, é, ele parecia. No momento em que desviei os olhos, ele se virou para mim, com um sorriso de tirar o fôlego e perguntou:

- Como foi que você disse que se chamava mesmo?

O som de sua voz me deu um sobressalto, mas me recompus a tempo de responder a pergunta, não muito tardiamente.

- Eu não disse... Me chamo Raquel. Raquel Bauer.

Ele acenou com a cabeça, e por educação, disse:

- Eu me chamo Pedro. Pedro Nunes.

Assenti, sem mais nada para dizer. Eu só queria tocá-lo, tocá-lo para descobrir se realmente ele era real, se aquela casa era real, se aquela irmã simpática, era real, se eu não estava presa em um sonho que me envergonharia ao acordar. Me belisquei, esperei, para ver se ninguém tinha percebido, mas Pedro continuava na cozinha e Larissa estava do meu lado, entretida em uma revista de moda. Eu teria de encontrar uma desculpa para me aproxima e tocá-lo, mas não conseguia pensar em nenhuma. Foi quando eu desenterrei, do fundo do baú, uma habilidade que, os tempos de cozinha-prisão com minha mãe, haviam me ensinado. Me postei ao lado de Pedro, e as palavras voaram da minha boca.

- Bem, não quero me mostrar, nem de longe, mas, eu sei uma coisa que vai deixar seu suco bem melhor. Coloque leite condensado, e um pouquinho de canela.

Ele me obedeceu, nem acreditei na confiança que estava me dando. Eu podia estragar seu suco! Mas ele confiou em mim e isso me deixou feliz. Esperei. Ele bebeu. Eu esperei.

- Nossa, isso tá muito bom! Por que você não apareceu antes, pra me ensinar isso? Minha nossa!

- Ok, agora me senti uma mera ajudante de cozinha. Constrangedor.

- Ei, não fique assim, você entendeu que eu não quis dizer isso. - Ao dizer isso, ele tocou no meu rosto, eu senti todo meu corpo enlouquecer, os batimentos do meu coração pulsaram mais rápido do que nunca, uma sensação que eu nunca senti antes invadiu todo meu corpo, minha visão ficou escura, eu parei de respirar. Foi então, que eu não vi mais nada do que acontecia ao meu redor, perdi os sentidos, desmaiei.

Capricho - FIC (Pt. 2)

Depois de mandar a SMS, fiz uma avaliação meticulosa da varanda da casa, que era extremamente alegre e de bom gosto. A única coisa que destoava do resto, era um pequeno jarro de flores, na cor pink, que eu ignorei facilmente, me rendendo aos encantos da mistura de cores tão bem feita, que havia ali. Nós entramos, e assim que pus os pés na sala, pude perceber que o bom gosto não tinha ficado só do lado de fora. Dentro, a casa parecia um castelo, não tão feminino, mas onde um rei adoraria viver, também. As tonalidades de fora, eram só faixada. Por dentro, a seriedade acompanhava os tons de marrom, misturado com um branco gelo, e alguns detalhes coloridos de móveis que não tinham acompanhado a cor estonteadora da decoração. Feliz, por estar em um ambiente que me dava tanta paz, logo me senti a vontade, e, com essa avaliação tão detalhista, me esqueci da nova amiga, dona da casa, que me fitava sem entender o que eu tanto olhava. Foi então que ela pigarreou, e eu me lembrei de sua existência.


- Esta é minha casa - disse ela, como se eu não já tivesse percebido. - Moro aqui já há dois anos, não sei como nunca nos vimos na rua, apenas no colégio. - Mas eu entendia bem o porque, todas as férias, era costume de minha família viajar, e então minha mãe podia me prender o dia inteiro em uma casa de praia, ajudando ela nos afazeres domésticos, mas dessa vez, nossas férias não coincidiram, e ela teve que me deixar aqui, em casa, contra vontade. 

- É, também não entendo. - Eu não queria prolongar uma história sobre minha deprimente vida ao lado de minha mãe, nas férias que pareciam mais um inferno, um castigo social.

- Pedro? É você? - Percebi que ela não falava mais comigo, ela estava virada para a escada, gritando, provavelmente tentando identificar o autor do ruido estrondoso que vinha de lá de cima, parecia que alguém tinha derrubado um piano de uma altura de dois metros.

- Pedro? - Indaguei curiosa. - É seu pai?

- Não, não. É meu irmão, insuportável. Só porque é mais velho, se acha no direito de fazer o que bem entender aqui na casa, mas isso é só quando mamãe e papai não estão, porque na presença deles, ele é um anjo. - Percebi que, pelo tom de voz dela, ela não tinha tanto ódio assim quanto parecia querer aparentar sobre o irmão. Ele não devia ser tão ruim assim, e eu estava mesmo precisando de uma amizade do sexo oposto.

Foi nesse momento, que tudo parou.
Parecia que o mundo tinha parado de girar, que os ponteiros do relógio não se moviam mais, que o fato de eu estar na casa de uma estranha, de férias, ainda tendo uma mãe super protetora e todos meus outros problemas não me importavam nem um pouco. Tudo era pequeno demais, em relação àquela beleza superior que me encarava, descendo as escadas, com um sorriso de curiosidade naquele rosto angelical. 

- Oi, tudo bem com você? - Ele me perguntava, agora a feição de anjo formava algumas rugas de preocupação fingida, mas ainda assim linda, na testa. Mesmo sendo um fingimento muito ruim, por trás disso parecia que ele queria mesmo ter uma boa impressão comigo, e isso me deu forças para responder.

- Si-sim, tudo bem. Vocês tem uma casa linda. - E um morador mais lindo ainda, deu vontade de falar. 

- Obrigado. - Respondeu ele, com aquele sorriso de derreter corações novamente. - É nova por aqui? Ou apenas nova para mim e minha irmã? - Disse ele, num tom normal, sereno, mas curioso.

- Sou velha aqui, mas acabo de conhecer sua irmã. Já tinha visto ela, algumas vezes no colégio, mas por não sermos do mesmo ano, nem nos falávamos... Hoje ela me encontrou sendo engolida pelo tédio, e me tirou dele. - E como tirou, eu queria enfatizar. Poderia passar o dia todo sentada, olhando para aquele Deus, que o tédio não ousaria me assaltar. 

Hmm... - Respondeu ele, agora um pouco desinteressado. - Vou preparar alguma coisa pra comer, quer? 

Nã-não, obrigada, estou sem fome. - Foi só o que pude responder, antes de sentar e ir pra outro mundo, mentalmente, pra pensar melhor no que estava acontecendo ali.

Ele era lindo demais, lindo demais para me conhecer, para existir, para estar ali, naquele pequeno bairro da minha cidade. Eu nem sabia se ele era real, teria de tocá-lo para saber. Aquele cabelo lindo, preto, totalmente preto, parecendo uma noite perfeitamente desenhada, sem estrelas. E aqueles olhos castanhos, tão claros que pareciam sumir, unindo-se ao branco de seus olhos. E aquela pele perfeita, sem marcas, sem sinais, parecendo um pano de seda recém tirado da máquina e passado ferro. Não é uma comparação muito romântica, mas, eu nunca fui romântica mesmo... Agora, decidi comigo mesma, eu teria que tocá-lo, teria que descobrir se ele realmente era real, e eu faria isso agora. 


quarta-feira, 23 de junho de 2010

Capricho - FIC (Pt. 1)

Bem, eu ia tentar escrever pra Capricho Fic, que nessa 6ª etapa, era sobre "O seu irmão mais velho..." A proposta é criar uma história, com 500 palavras, nem a mais, nem a menos, e mandar. As 6 melhores serão julgadas pela Meg Cabot e a melhor, ganhará a coleção de livros dela, e a história será publicada na próxima edição da revista. Enfim, quando eu estava escrevendo, apenas na "introdução", antes mesmo de falar do irmão mais velho, cheguei nas 433 palavras e, de tão cansada que estava, preferi parar. Mas gostei de escrever, gostei mesmo! E acho que vou fazer isso, mas aqui. Vou colocar todos os textos aqui, darei continuidade à história do irmão, e tal. Ai vai a primeira parte, beijos.

Eram onze da manhã, o despertador tocou, me assustando, como sempre fazia. Levantei e fui direto pro espelho, uma rotina deplorável, para um susto matinal. Aquele feno acomodado na minha cabeça me empurrava para o banho com uma boa vontade sem igual. Depois de tomar café e terminar de organizar meu quarto, finalmente me dei conta de que era dia 19 de Junho, o primeiro dia das minhas férias. Por um momento aquela onda de felicidade encheu meu corpo, mas depois cai na real, e lembrei de que todas minhas amigas do colégio moravam longe o bastante para eu ter que pedir carona para minha mãe, quando ela estivesse de boa vontade e concordasse que não havia perigo em uma inocente visita à casa de uma colega.   


Eu sabia que hoje, não iria para lugar nenhum há mais de um quilometro de onde estava. Então, decidi ir pra rua, ver se encontrava alguém conhecido para passar o dia e me distrair, quem sabe até desabafar e contar sobre meus problemas com minha mãe super protetora. Uma hora de espera, e nada, até que, eu ouvi um “oi” atrás de mim. Me virei, e era uma aluna do primeiro ano, com um sorriso desconsertado no rosto.


- Oi, eu estava parada ali, te observando, e percebi que, tanto quanto eu, está entediada com o primeiro dia de férias, não é?

Eu estava meio atordoada com a onda repentina de intimidade que tinha me invadido ao conversar com aquela menina, mas respondi com uma voz estável.

- É, exatamente. Ter uma mãe super protetora não combina muito com a época de férias, acho que ela não entende o significado dessa palavra.

Ela riu, de leve, e concordou com a cabeça.

- Eu sei que acabamos de nos “conhecer” de verdade, mas, quer ir lá pra casa? Acho que não vai ser uma boa idéia continuar aqui nos próximos minutos...

Ela estava olhando pro céu, acompanhei seu olhar e enfim percebi, assustada, a enorme nuvem escura que se aproximava de nós.

- É, vai chover feio! – eu disse.

Ela me puxou pelo braço, e eu a segui. Era uma casa bonita, pelo menos por fora. Amarela, bem chamativa, mas misturada com um marrom que dava um pouco de seriedade ao local. Gostei. Entramos exatamente no momento em que a chuva começou a cair. Na varanda, antes mesmo de entrar, mandei uma SMS para minha mãe, dizendo que estava numa vizinha, do primeiro ano do meu colégio, detalhando o número da casa, a rua, e tudo mais que eu tinha certeza de que ela iria querer saber. 

terça-feira, 11 de maio de 2010

To laugh

É, eu venho pensando nisso faz um tempinho, e resolvi colocar aqui no blog um "quadro" que não vai ser obrigatório nem ter dia certo pra nada. Apenas, irei postar quando der, aqui, vídeos, coisas engraçadas. Pra abrir o quadro "TO LAUGH" realmente, um nome MUITO criativo né, rs, indico o Felipe Neto. Não se diz comediante, mas é um de mão cheia, do nada resolveu gravar vídeos, criticando diversas coisas, desde vida de garoto, até sub-celebridades e gente colorida, que foram o maior sucesso!

Vejam todos os vídeos, vale a pena.



domingo, 9 de maio de 2010

Lost


Lost, seriado mundialmente conhecido, terá seu fim agora, no dia 23 de Maio. Desde o início da série, eu ficava me perguntando "ah, como vai ser esse final? Como eles vão explicar toda essa loucura?" E agora, já no capítulo 14, ainda não dá pra saber muita coisa. Pelos títulos e dias de lançamento, provavelmente vão ter dois finais (com certeza o diretor ficou com medo de desagradar a maior parte dos fãs, ou seja, um dos finais deve ser bem bizarro né.)


A seguir, nomes dos capítulos e seus respectivos links para download:

00 – “Lost: Final Chapter” (recap)

01/02 – LA X (Parts 1 and 2)

03 – What Kate Does

04 – The Substitute

05 – Lighthouse

06 – Sundown

07 – Dr. Linus

08 – Recon

09 – Ab Aeterno

10 – The Package

11 – Happily Ever After

12 – Everybody Loves Hugo

13 – The Last Recruit

6×14 - The Candidate – 04/May/10

MegauploadSharex

6×15 - Across the Sea – 11/May/10

6×16 - What They Died For – 18/May/10

6×17 - The End (1) – 23/May/10

6×18 - The End (2) – 23/May/10


Enfim, faltam apenas 4 capítulos e os fãs (eu, por exemplo, rs) estão MUITO ansiosos! Será que no final, vai todo mundo morrer? Ou todos vão descobrir que já estavam mortos, e a ilha é o inferno/paraíso? Ou isso tudo vai ser um sonho muito louco? Ou, após a explosão em que terminou a 5ª temporada, eles vão voltar pro avião e não vai existir acidente nenhum, assim como vai mostrando na 6ª temporada como seria a vida deles, eles vão se conhecer, e, ao chegarem perto da morte, vão lembrar da "outra vida" que eles teriam, e se unir? Eu prefiro a última opção :) Enfim, é isso gente, deixem suas opiniões sobre,


Qual seria o melhor final pra Lost?


+ clique aqui, para mais informações

Glee

Glee é uma premiada série de televisão estadunidense do gênero comédia/musical, produzida pela FOX. É transmitida pelo Canal Fox no Brasil, lançado no dia 18 de Novembro.


A história da série é focada nos esforços do professor de espanhol Will Schuester, em reerguer o coral da escola fictícia William McKinley em Lima, Ohio, chamado de "Glee Club" (Clube do Coral), que no passado foi motivo de grande orgulho para todos os alunos na instituição. No entanto, a escola não tem recursos para sustentar o coral, que a princípio só atrai os alunos pouco populares e estigmatizados.

Assim, eles precisam chegar à final do campeonato regional de corais para garantir a verba para continuar funcionando. No meio disso, a professora Sue Sylvester, que treina o time de líderes de torcida da escola, que já venceu inúmeros campeonatos, está disposta a tudo para atrapalhar o sucesso do coral "Novas Direções", já que ele pode resultar em menos prestígio e dinheiro para seu time de líderes de torcida.

Enquanto isso, a popular Quinn é expulsa das líderes de torcida por ficar grávida de Puck, mas todos acham que Finn é que é o pai da criança, pois a ex-líder acha Puck um "perdedor na vida" e Finn mais responsável para assumir a paternidade de seu filho. No meio de tudo isso, a esposa de Will, tem uma gravidez psicológica, ou seja, queria tanto engravidar que seu corpo imitou os sintomas. Após saber disso, decide adotar a filha de Quinn, uma vez que havia contado a todos que estava grávida.

Além de todos estes casos, outros sofrem por outros problemas: Artie têm uma difícil vida na cadeira de rodas, Tina finge ser gaga para parecer estranha e não fazer as provas, Rachel não assume que outra pessoa seja melhor que ela, Kurt assume que é homossexual para o pai e o próprio Will está com problemas no relacionamento com sua esposa.


Enfim, Glee não é uma série como qualquer outra, com atores e atrizes perfeitinhos, dentro dos padrões da sociedade. É uma série que trata de "um grupo de excluídos" que apesar de tudo, são felizes com a música e conseguem superar seus problemas. Além de tudo, todos eles cantam PERFEITAMENTE bem, nossa, sou apaixonada pela voz da Rachel (Lea Michele).


Uma das melhores coisas da série também, é que trás muitos sucessos de antigamente, dos anos 80 e tal, pra voz dos cantores de Glee, fazendo os adolescentes de hoje em dia, conhecer as músicas que foram sucesso absoluto na época de seus pais. Minha mãe mesmo, passando pelo meu quarto, ouviu a música "Total Eclipse Of The Heart" (particularmente, até agora, a que eu fiquei mais viciada) e me mostrou o vídeo antigo, na voz de Bonnie Tyler.


Então agora, pra finalizar, vou postar aqui os dois vídeos, na versão da B. e na versão de Glee! :*

Versão Glee Cast:

Versão Bonnie Tyler (original):


quarta-feira, 30 de junho de 2010

Capricho - FIC (Pt. 4)

Que mico! Não acredito que eu fiz aquilo, quer dizer, que meu corpo fez. Não era possível, era um pesadelo, tinha que ser! Mas não parecia que eu ia acordar tão cedo. Quando acordei, não quis encarar Pedro. Não quis mesmo, olhei para os lados, fingindo ainda estar abalada pela queda, enquanto eu já estava boa, satisfeita e curada. Foi quando eu percebi que estava cercada pelos seus braços... Por aqueles lindos e malhados braços, ah. Quase desmaiei de novo, mas dessa vez, mais consciente do que estava acontecendo, me segurei. Ele percebeu. Não que eu estava lutando contra um desejo insano de sair da realidade por mais alguns minutos, e sim que eu estava mal.

- O que aconteceu com você? Você está branca! Mas eu digo branca, branca mesmo! Vou te levar pra um hospital, agora.

- Não! - Eu não podia me deixar entrar em mais essa situação constrangedora. Ele me acompanhando, como uma bebezinha, ao hospital, pra ver se meu desmaio não tinha me deixado com mais algum parafuso solto na cabeça, ah, não mesmo!

- Por que não? Eu tenho um carro, vamos!

Ah, que ótimo. Pra completar a situação, ele tinha um carro. Além de perfeito, tinha um carro. Além de lindo, de rico, e de educado, ainda estava me envolvendo com os braços fortes. Aquilo era um pesadelo mesmo. Quer dizer, em parte, pois os braços dele me faziam flutuar no paraíso. Me lembrei de sua pergunta e fiquei constrangida pelo tempo que demorei para responder, mas acho que poderia culpar o mal estar por isso.

- Não, não. Não precisa. Eu estou bem, juro. - Tentei ficar em pé, tentativa frustrada e inútil. Cai em seus braços, novamente. - Bem, é só eu me sentar que eu já melhoro. Pode me ajudar? - Fiz um gesto, direcionado ao sofá. Ele entendeu.

- Tudo bem, já que você insiste.

Não era assim que eu queria que ele me levasse até o sofá.
Não era assim mesmo, definitivamente, de jeito e de maneira alguma!
Ele me carregou. Como se eu fosse uma pena, é, ele me carregou! Eu fiquei sem ação, parada em seu colo em direção ao sofá, ele me colocou deitada e sentou para fazer de suas pernas um delicioso travesseiro pra mim. Disso eu gostei, e não reclamei.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Capricho - FIC (Pt. 3)

Olhei, timidamente para ele, com medo de estar sendo encarada, mas ele parecia realmente concentrado no suco de abacaxi que preparava, é, ele parecia. No momento em que desviei os olhos, ele se virou para mim, com um sorriso de tirar o fôlego e perguntou:

- Como foi que você disse que se chamava mesmo?

O som de sua voz me deu um sobressalto, mas me recompus a tempo de responder a pergunta, não muito tardiamente.

- Eu não disse... Me chamo Raquel. Raquel Bauer.

Ele acenou com a cabeça, e por educação, disse:

- Eu me chamo Pedro. Pedro Nunes.

Assenti, sem mais nada para dizer. Eu só queria tocá-lo, tocá-lo para descobrir se realmente ele era real, se aquela casa era real, se aquela irmã simpática, era real, se eu não estava presa em um sonho que me envergonharia ao acordar. Me belisquei, esperei, para ver se ninguém tinha percebido, mas Pedro continuava na cozinha e Larissa estava do meu lado, entretida em uma revista de moda. Eu teria de encontrar uma desculpa para me aproxima e tocá-lo, mas não conseguia pensar em nenhuma. Foi quando eu desenterrei, do fundo do baú, uma habilidade que, os tempos de cozinha-prisão com minha mãe, haviam me ensinado. Me postei ao lado de Pedro, e as palavras voaram da minha boca.

- Bem, não quero me mostrar, nem de longe, mas, eu sei uma coisa que vai deixar seu suco bem melhor. Coloque leite condensado, e um pouquinho de canela.

Ele me obedeceu, nem acreditei na confiança que estava me dando. Eu podia estragar seu suco! Mas ele confiou em mim e isso me deixou feliz. Esperei. Ele bebeu. Eu esperei.

- Nossa, isso tá muito bom! Por que você não apareceu antes, pra me ensinar isso? Minha nossa!

- Ok, agora me senti uma mera ajudante de cozinha. Constrangedor.

- Ei, não fique assim, você entendeu que eu não quis dizer isso. - Ao dizer isso, ele tocou no meu rosto, eu senti todo meu corpo enlouquecer, os batimentos do meu coração pulsaram mais rápido do que nunca, uma sensação que eu nunca senti antes invadiu todo meu corpo, minha visão ficou escura, eu parei de respirar. Foi então, que eu não vi mais nada do que acontecia ao meu redor, perdi os sentidos, desmaiei.

Capricho - FIC (Pt. 2)

Depois de mandar a SMS, fiz uma avaliação meticulosa da varanda da casa, que era extremamente alegre e de bom gosto. A única coisa que destoava do resto, era um pequeno jarro de flores, na cor pink, que eu ignorei facilmente, me rendendo aos encantos da mistura de cores tão bem feita, que havia ali. Nós entramos, e assim que pus os pés na sala, pude perceber que o bom gosto não tinha ficado só do lado de fora. Dentro, a casa parecia um castelo, não tão feminino, mas onde um rei adoraria viver, também. As tonalidades de fora, eram só faixada. Por dentro, a seriedade acompanhava os tons de marrom, misturado com um branco gelo, e alguns detalhes coloridos de móveis que não tinham acompanhado a cor estonteadora da decoração. Feliz, por estar em um ambiente que me dava tanta paz, logo me senti a vontade, e, com essa avaliação tão detalhista, me esqueci da nova amiga, dona da casa, que me fitava sem entender o que eu tanto olhava. Foi então que ela pigarreou, e eu me lembrei de sua existência.

- Esta é minha casa - disse ela, como se eu não já tivesse percebido. - Moro aqui já há dois anos, não sei como nunca nos vimos na rua, apenas no colégio. - Mas eu entendia bem o porque, todas as férias, era costume de minha família viajar, e então minha mãe podia me prender o dia inteiro em uma casa de praia, ajudando ela nos afazeres domésticos, mas dessa vez, nossas férias não coincidiram, e ela teve que me deixar aqui, em casa, contra vontade. 

- É, também não entendo. - Eu não queria prolongar uma história sobre minha deprimente vida ao lado de minha mãe, nas férias que pareciam mais um inferno, um castigo social.

- Pedro? É você? - Percebi que ela não falava mais comigo, ela estava virada para a escada, gritando, provavelmente tentando identificar o autor do ruido estrondoso que vinha de lá de cima, parecia que alguém tinha derrubado um piano de uma altura de dois metros.

- Pedro? - Indaguei curiosa. - É seu pai?

- Não, não. É meu irmão, insuportável. Só porque é mais velho, se acha no direito de fazer o que bem entender aqui na casa, mas isso é só quando mamãe e papai não estão, porque na presença deles, ele é um anjo. - Percebi que, pelo tom de voz dela, ela não tinha tanto ódio assim quanto parecia querer aparentar sobre o irmão. Ele não devia ser tão ruim assim, e eu estava mesmo precisando de uma amizade do sexo oposto.

Foi nesse momento, que tudo parou.
Parecia que o mundo tinha parado de girar, que os ponteiros do relógio não se moviam mais, que o fato de eu estar na casa de uma estranha, de férias, ainda tendo uma mãe super protetora e todos meus outros problemas não me importavam nem um pouco. Tudo era pequeno demais, em relação àquela beleza superior que me encarava, descendo as escadas, com um sorriso de curiosidade naquele rosto angelical. 

- Oi, tudo bem com você? - Ele me perguntava, agora a feição de anjo formava algumas rugas de preocupação fingida, mas ainda assim linda, na testa. Mesmo sendo um fingimento muito ruim, por trás disso parecia que ele queria mesmo ter uma boa impressão comigo, e isso me deu forças para responder.

- Si-sim, tudo bem. Vocês tem uma casa linda. - E um morador mais lindo ainda, deu vontade de falar. 

- Obrigado. - Respondeu ele, com aquele sorriso de derreter corações novamente. - É nova por aqui? Ou apenas nova para mim e minha irmã? - Disse ele, num tom normal, sereno, mas curioso.

- Sou velha aqui, mas acabo de conhecer sua irmã. Já tinha visto ela, algumas vezes no colégio, mas por não sermos do mesmo ano, nem nos falávamos... Hoje ela me encontrou sendo engolida pelo tédio, e me tirou dele. - E como tirou, eu queria enfatizar. Poderia passar o dia todo sentada, olhando para aquele Deus, que o tédio não ousaria me assaltar. 

Hmm... - Respondeu ele, agora um pouco desinteressado. - Vou preparar alguma coisa pra comer, quer? 

Nã-não, obrigada, estou sem fome. - Foi só o que pude responder, antes de sentar e ir pra outro mundo, mentalmente, pra pensar melhor no que estava acontecendo ali.

Ele era lindo demais, lindo demais para me conhecer, para existir, para estar ali, naquele pequeno bairro da minha cidade. Eu nem sabia se ele era real, teria de tocá-lo para saber. Aquele cabelo lindo, preto, totalmente preto, parecendo uma noite perfeitamente desenhada, sem estrelas. E aqueles olhos castanhos, tão claros que pareciam sumir, unindo-se ao branco de seus olhos. E aquela pele perfeita, sem marcas, sem sinais, parecendo um pano de seda recém tirado da máquina e passado ferro. Não é uma comparação muito romântica, mas, eu nunca fui romântica mesmo... Agora, decidi comigo mesma, eu teria que tocá-lo, teria que descobrir se ele realmente era real, e eu faria isso agora. 


quarta-feira, 23 de junho de 2010

Capricho - FIC (Pt. 1)

Bem, eu ia tentar escrever pra Capricho Fic, que nessa 6ª etapa, era sobre "O seu irmão mais velho..." A proposta é criar uma história, com 500 palavras, nem a mais, nem a menos, e mandar. As 6 melhores serão julgadas pela Meg Cabot e a melhor, ganhará a coleção de livros dela, e a história será publicada na próxima edição da revista. Enfim, quando eu estava escrevendo, apenas na "introdução", antes mesmo de falar do irmão mais velho, cheguei nas 433 palavras e, de tão cansada que estava, preferi parar. Mas gostei de escrever, gostei mesmo! E acho que vou fazer isso, mas aqui. Vou colocar todos os textos aqui, darei continuidade à história do irmão, e tal. Ai vai a primeira parte, beijos.

Eram onze da manhã, o despertador tocou, me assustando, como sempre fazia. Levantei e fui direto pro espelho, uma rotina deplorável, para um susto matinal. Aquele feno acomodado na minha cabeça me empurrava para o banho com uma boa vontade sem igual. Depois de tomar café e terminar de organizar meu quarto, finalmente me dei conta de que era dia 19 de Junho, o primeiro dia das minhas férias. Por um momento aquela onda de felicidade encheu meu corpo, mas depois cai na real, e lembrei de que todas minhas amigas do colégio moravam longe o bastante para eu ter que pedir carona para minha mãe, quando ela estivesse de boa vontade e concordasse que não havia perigo em uma inocente visita à casa de uma colega.   


Eu sabia que hoje, não iria para lugar nenhum há mais de um quilometro de onde estava. Então, decidi ir pra rua, ver se encontrava alguém conhecido para passar o dia e me distrair, quem sabe até desabafar e contar sobre meus problemas com minha mãe super protetora. Uma hora de espera, e nada, até que, eu ouvi um “oi” atrás de mim. Me virei, e era uma aluna do primeiro ano, com um sorriso desconsertado no rosto.

- Oi, eu estava parada ali, te observando, e percebi que, tanto quanto eu, está entediada com o primeiro dia de férias, não é?

Eu estava meio atordoada com a onda repentina de intimidade que tinha me invadido ao conversar com aquela menina, mas respondi com uma voz estável.

- É, exatamente. Ter uma mãe super protetora não combina muito com a época de férias, acho que ela não entende o significado dessa palavra.

Ela riu, de leve, e concordou com a cabeça.

- Eu sei que acabamos de nos “conhecer” de verdade, mas, quer ir lá pra casa? Acho que não vai ser uma boa idéia continuar aqui nos próximos minutos...

Ela estava olhando pro céu, acompanhei seu olhar e enfim percebi, assustada, a enorme nuvem escura que se aproximava de nós.

- É, vai chover feio! – eu disse.

Ela me puxou pelo braço, e eu a segui. Era uma casa bonita, pelo menos por fora. Amarela, bem chamativa, mas misturada com um marrom que dava um pouco de seriedade ao local. Gostei. Entramos exatamente no momento em que a chuva começou a cair. Na varanda, antes mesmo de entrar, mandei uma SMS para minha mãe, dizendo que estava numa vizinha, do primeiro ano do meu colégio, detalhando o número da casa, a rua, e tudo mais que eu tinha certeza de que ela iria querer saber. 

terça-feira, 11 de maio de 2010

To laugh

É, eu venho pensando nisso faz um tempinho, e resolvi colocar aqui no blog um "quadro" que não vai ser obrigatório nem ter dia certo pra nada. Apenas, irei postar quando der, aqui, vídeos, coisas engraçadas. Pra abrir o quadro "TO LAUGH" realmente, um nome MUITO criativo né, rs, indico o Felipe Neto. Não se diz comediante, mas é um de mão cheia, do nada resolveu gravar vídeos, criticando diversas coisas, desde vida de garoto, até sub-celebridades e gente colorida, que foram o maior sucesso!

Vejam todos os vídeos, vale a pena.



domingo, 9 de maio de 2010

Lost


Lost, seriado mundialmente conhecido, terá seu fim agora, no dia 23 de Maio. Desde o início da série, eu ficava me perguntando "ah, como vai ser esse final? Como eles vão explicar toda essa loucura?" E agora, já no capítulo 14, ainda não dá pra saber muita coisa. Pelos títulos e dias de lançamento, provavelmente vão ter dois finais (com certeza o diretor ficou com medo de desagradar a maior parte dos fãs, ou seja, um dos finais deve ser bem bizarro né.)

A seguir, nomes dos capítulos e seus respectivos links para download:

00 – “Lost: Final Chapter” (recap)

01/02 – LA X (Parts 1 and 2)

03 – What Kate Does

04 – The Substitute

05 – Lighthouse

06 – Sundown

07 – Dr. Linus

08 – Recon

09 – Ab Aeterno

10 – The Package

11 – Happily Ever After

12 – Everybody Loves Hugo

13 – The Last Recruit

6×14 - The Candidate – 04/May/10

MegauploadSharex

6×15 - Across the Sea – 11/May/10

6×16 - What They Died For – 18/May/10

6×17 - The End (1) – 23/May/10

6×18 - The End (2) – 23/May/10


Enfim, faltam apenas 4 capítulos e os fãs (eu, por exemplo, rs) estão MUITO ansiosos! Será que no final, vai todo mundo morrer? Ou todos vão descobrir que já estavam mortos, e a ilha é o inferno/paraíso? Ou isso tudo vai ser um sonho muito louco? Ou, após a explosão em que terminou a 5ª temporada, eles vão voltar pro avião e não vai existir acidente nenhum, assim como vai mostrando na 6ª temporada como seria a vida deles, eles vão se conhecer, e, ao chegarem perto da morte, vão lembrar da "outra vida" que eles teriam, e se unir? Eu prefiro a última opção :) Enfim, é isso gente, deixem suas opiniões sobre,


Qual seria o melhor final pra Lost?


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Glee

Glee é uma premiada série de televisão estadunidense do gênero comédia/musical, produzida pela FOX. É transmitida pelo Canal Fox no Brasil, lançado no dia 18 de Novembro.


A história da série é focada nos esforços do professor de espanhol Will Schuester, em reerguer o coral da escola fictícia William McKinley em Lima, Ohio, chamado de "Glee Club" (Clube do Coral), que no passado foi motivo de grande orgulho para todos os alunos na instituição. No entanto, a escola não tem recursos para sustentar o coral, que a princípio só atrai os alunos pouco populares e estigmatizados.

Assim, eles precisam chegar à final do campeonato regional de corais para garantir a verba para continuar funcionando. No meio disso, a professora Sue Sylvester, que treina o time de líderes de torcida da escola, que já venceu inúmeros campeonatos, está disposta a tudo para atrapalhar o sucesso do coral "Novas Direções", já que ele pode resultar em menos prestígio e dinheiro para seu time de líderes de torcida.

Enquanto isso, a popular Quinn é expulsa das líderes de torcida por ficar grávida de Puck, mas todos acham que Finn é que é o pai da criança, pois a ex-líder acha Puck um "perdedor na vida" e Finn mais responsável para assumir a paternidade de seu filho. No meio de tudo isso, a esposa de Will, tem uma gravidez psicológica, ou seja, queria tanto engravidar que seu corpo imitou os sintomas. Após saber disso, decide adotar a filha de Quinn, uma vez que havia contado a todos que estava grávida.

Além de todos estes casos, outros sofrem por outros problemas: Artie têm uma difícil vida na cadeira de rodas, Tina finge ser gaga para parecer estranha e não fazer as provas, Rachel não assume que outra pessoa seja melhor que ela, Kurt assume que é homossexual para o pai e o próprio Will está com problemas no relacionamento com sua esposa.


Enfim, Glee não é uma série como qualquer outra, com atores e atrizes perfeitinhos, dentro dos padrões da sociedade. É uma série que trata de "um grupo de excluídos" que apesar de tudo, são felizes com a música e conseguem superar seus problemas. Além de tudo, todos eles cantam PERFEITAMENTE bem, nossa, sou apaixonada pela voz da Rachel (Lea Michele).


Uma das melhores coisas da série também, é que trás muitos sucessos de antigamente, dos anos 80 e tal, pra voz dos cantores de Glee, fazendo os adolescentes de hoje em dia, conhecer as músicas que foram sucesso absoluto na época de seus pais. Minha mãe mesmo, passando pelo meu quarto, ouviu a música "Total Eclipse Of The Heart" (particularmente, até agora, a que eu fiquei mais viciada) e me mostrou o vídeo antigo, na voz de Bonnie Tyler.


Então agora, pra finalizar, vou postar aqui os dois vídeos, na versão da B. e na versão de Glee! :*

Versão Glee Cast:

Versão Bonnie Tyler (original):


 
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